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ARTE SUSTENTÁVEL
Arte Sustentável
2015-08-08
Arte Sustentável

Educação sustentável


Respondendo ao desafio da Lipor, vários alunos da Faculdade de Belas-Artes do Porto exibiram as suas ideias para responder à necessidade de mudança e também do cultivo da economia circular, onde o mote é um responsável make, use, return.



Sair à noite a pensar no ambiente

Gonçalo Limpo e Rita Mendes apostam em pinos coletores do lixo capazes de diminuir o impacto dos copos de plástico nas zonas de diversão do Porto

 

O projeto Copino apresenta-se como uma resposta ao principal problema ecológico identificado nas principais áreas de diversão noturna da Baixa do Porto: a falta de um reforço eficiente dos equipamentos urbanos de deposição coletiva. Pensado com base nos pinos de estacionamento da rua das Galerias de Paris, este é um coletor de lixo especificamente pensado para a noite portuense, permitindo o empilhamento de copos de plástico e diminuindo de forma considerável o impacto dos copos de plástico nas zonas de diversão noturna da Invicta.

 

 

O lado eco do vinho

Maria João Silveira Cunha e João Filipe Guedes Silva apostam numa embalagem que transporta vinho e que depois se transforma em suporte para vasos de ervas aromáticas

 

Maria e João decidiram dar três vidas a uma embalagem, focando-se nas embalagens de garrafas de vinho. Assim, idealizaram a elaboração de uma embalagem para transportar uma garrafa de vinho que poderá transformar-se em algo útil depois do transporte. Inicialmente, a ideia era transformar a embalagem, feita em ripas de madeira, em bloco onde se poderiam guardar as facas ou em suporte de garrafas, mas a escolha acabou por recair em transformá-lo num suporte para vasos de ervas aromáticas. Esta transformação será feita por desobstrução da embalagem de transporte e encaixe das ripas, formando um novo objeto, que dará uma segunda vida à embalagem e promoverá a reutilização da madeira.

 

 

Caixa de pizza sem gorduras

Projeto de Bárbara Mota, Nuno Mendes e Nuno Oliveira para evitar que as caixas de pizza acabem no lixo comum 

 

As caixas de pizza, que contêm uma grande quantidade de cartão, facilmente absorvem a gordura normal dos alimentos e, por consequência, são diretamente colocadas no lixo comum, dando pontos aos 54% de resíduos urbanos que foram depositados em aterros sanitários em Portugal no ano de 2012. A ideia passou, então, por transformar a caixa de pizza convencional em algo mais sustentável. A grande alteração passa pela utilização de um revestimento na caixa de cartão em papel glassine (uma película bastante leve, fina, resistente a líquidos e gorduras diversas), permitindo que a gordura dos alimentos não afete a embalagem e que esta possa ser reciclada. 

 

 

Garrafa inteligente

Patrícia Silva propõe garrafas produzidas em argila branca reciclada 

 

Este projeto baseia-se na conceção de duas garrafas, ambas produzidas em argila branca reciclada (ou caulino), com espessura de 3,5 milímetros, em que uma é aplicável a contextos comerciais e a outra para uso doméstico. O processo de produção não seria feito através da extração da matéria-prima, antes reutilizando este mineral através da sua reciclagem. 

 

 

Papa Papa

Madalena Carneiro inspirou-se no Alentejo para criar uma marmita de cortiça 

 

A proposta Papa Papa tem como base o conceito retirado dos antigos tarros alentejanos, principalmente usados pelos pastores para levar a comida para os campos durante a sua jornada de trabalho. Numa revisão adaptada aos tempos atuais, a Papa Papa é uma marmita de cortiça completamente impermeável, resistente, capaz de manter a temperatura dos alimentos durante mais tempo que uma marmita comum e definitivamente amiga do ambiente. Uma solução para os jovens trabalhadores e estudantes contemporâneos poderem levar a comida para o seu local de trabalho e/ou estudo, diminuindo gastos com a alimentação, de uma forma que promove a sustentabilidade. 

 

 

Sapatos bem arrumados

Rita Brás e Teresa Silva transformam caixas em sapateiras 

 

O projeto Snap Box consiste numa caixa de sapatos que tem duas funções: a função de caixa de sapatos e, mais tarde, a de sapateira. Uma solução pensada para as novas casas e apartamentos, construídos com armários embutidos, de forma que os problemas com sapatos espalhados acabem de uma maneira divertida e com um design moderno. A Snap Box tem como material o cartão reciclado ou o papelão, devido ao facto de estes serem grossos e resistentes e, obviamente, por permitirem que nenhum dos seus constituintes tenha que ir para o lixo comum. Para iniciar a transformação em sapateira são necessárias duas caixas. 

 

 

Poupar nas embalagens

Joana Morgado procurou formas de diminuir a utilização de materiais no embalamento de produtos 

 

Este projeto baseia-se na reflexão sobre o excesso e a mistura de materiais utilizados em embalagens de produtos. Hoje em dia, como refere Boyan Slat, qualquer ínfimo produto é revestido de plástico e de papel a um nível excessivo. Assim, esta proposta vai no sentido de minimizar os materiais a utilizar em embalagens e maximizar a eficiência e conforto para o utilizador, contando sempre com uma sugestão de mais-valia para a empresa, contribuindo para um ambiente humano ecologicamente equilibrado e uma melhoria da qualidade de vida. 

 

 

Para acabar com os mitos

André Alves e Filipe Ferreira querem erradicar a ideia de que os resíduos se misturam no interior do camião de recolha 

 

Os mentores do projeto depararam-se com a necessidade de criar algo capaz de sensibilizar a sociedade civil para a importância da separação de resíduos, nomeadamente para o mito de que os resíduos se misturam no interior do camião. E a solução passaria precisamente pelo camião, utilizando um conjunto de ilustrações/infografias que seriam colocadas nas laterais do veículo explicando a todos que vidro, plástico e papel são colocados em divisórias próprias. 

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