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A BRINCAR SE APRENDE A RECICLAR
A brincar se aprende a reciclar
2015-10-04
A brincar se aprende a reciclar

1.º aniversário do Bosque Encantado 

 

Para assinalar o Dia da Criança, o Dia do Ambiente e o 1.º aniversário da renovação do Bosque Encantado, a Sociedade Ponto Verde e o Jardim Zoológico receberam as crianças com atividades e jogos divertidos que ensinam a reciclar.

 

"Partida, largada, recicla. Mostra que reciclar está na tua natureza.” Este foi o mote perfeito para todas as crianças que este ano visitaram o Jardim Zoológico no Dia da Criança e no Dia Mundial do Ambiente, altura em que se comemorou também o primeiro aniversário da reabilitação do Bosque Encantado, feita em 2014 pela Sociedade Ponto Verde, que apoiou a reconstrução do espaço utilizando materiais reciclados.

 

À sua espera tinham atividades e jogos divertidos ligados ao ambiente e à reciclagem, que fizeram a delícia dos mais novos e despertaram ainda mais a sua consciência ambiental. Entre corridas para ver quem separava mais rapidamente as diferentes embalagens pelos ecopontos corretos e a decoração de ecopontos domésticos, as crianças deram largas à sua energia e imaginação, enquanto aprendiam muitas curiosidades sobre a reciclagem e naquilo em que se podem transformar as embalagens usadas depois de colocadas nos ecopontos. Depois de pintados ao gosto de cada um, os ecopontos podiam ser levados para casa ou para a escola, para dar continuidade à prática da reciclagem.

 

No final da atividade, a cereja no topo do bolo era um crachá de mérito pelo bom comportamento reciclador. A ajudar os mais novos estiveram sempre os monitores do Centro Pedagógico, um dos eixos fundamentais do Jardim Zoológico, que assenta a sua missão em três eixos principais: educação, conservação e investigação. “O Centro Pedagógico tem vários programas diferentes para os visitantes de todas as idades e desenvolve sobretudo a parte da educação para a conservação. Daí a importância desta iniciativa da Sociedade Ponto Verde, direcionada para escolas e famílias”, explicou à Recicla Tiago Carrilho, de 29 anos, biólogo e responsável pelo Centro Pedagógico, sublinhando: “Tentamos que a educação ambiental seja transversal a todos os públicos.”

 

 

Centro Pedagógico mostra como se faz

 

Sobre a “nova cara” do Bosque Encantado desde há um ano, Tiago Carrilho garante que “é muito importante para nós sermos também um exemplo e mostrarmos às pessoas como nos adaptámos e que as nossas mesas de merendas são feitas com materiais reciclados e que existem ecopontos por todo o Jardim Zoológico”. Ou seja, explica ainda o diretor do Centro Pedagógico, “a somar à parceria com a Sociedade Ponto Verde queremos mostrar que também fazemos e temos boas práticas ambientais”. Na sua opinião de especialista, a educação ambiental é precisamente mostrar como se faz e quais os comportamentos corretos. “O Bosque Encantado é mais uma ferramenta para o Centro Pedagógico passar a mensagem da reciclagem. Assim podemos mostrar o resultado final: que usámos lixo equivalente ao peso de dois elefantes para fazermos todas estas mesas que aqui estão.”

 

Com a participação ativa dos grupos de crianças nas atividades criadas pelo Centro Pedagógico e pela Sociedade Ponto Verde, Tiago Carrilho garante que se nota uma grande mudança de mentalidades e de comportamentos das escolas e das crianças que visitam o Jardim Zoológico. “Estas atividades marcam ainda mais a passagem pelo Bosque Encantado e efetivam a consolidação de conhecimentos. Além do que aprendem, estão também a pôr as mãos na massa e a fazer algo de útil, como os ecopontos domésticos, que criam uma maior empatia e ligação emocional, porque foi algo que a criança decorou de forma personalizada. A mensagem passa melhor”, admite o responsável. 

 

 

Animais felizes, tratadores felizes

 

Desde há um ano que o Bosque Encantado é, assim, um dos espaços mais emblemáticos do Jardim Zoológico. O objetivo foi claro: mostrar aos visitantes que da reciclagem podem nascer vários objetos úteis. O plástico, por exemplo, pode transformar-se em “mobiliário”, como mesas e bancos para piquenique e “casinhas de aves” para as crianças brincarem, peças feitas com material reciclado que se assemelha a madeira mas é muito mais resistente. Só o toque revela a diferença.

 

Ambos com um sorriso de orelha a orelha, Clara Ferreira, de 48 anos, e Hugo Condez, de 29 anos, tratadores dos animais residentes do Bosque Encantado (aves, répteis e pequenos mamíferos), também não podiam estar mais satisfeitos com a remodelação do seu espaço de trabalho diário, que torna os animais “mais felizes”. “Temos uma vedação nova, que serve, por exemplo, para os animais apanharem sol. Tudo foi alterado para melhor”, diz Hugo Condez. 

 

Da mesma forma, garantem, só a renovação do espaço e a temática da reciclagem ajudaram a trazer mais visitantes à apresentação de aves em voo livre, que passa uma mensagem forte sobre a necessidade de conservação das espécies. “No último ano tivemos muito mais afluência de público. Além de falarmos sobre a reciclagem, também falamos sobre a importância de proteger os habitats e as espécies em perigo de extinção”, completa a tratadora, garantindo que os visitantes têm cada vez mais a noção de que têm de proteger o ambiente. “Vejo aqui as crianças e os pais à procura dos ecopontos, para reciclarem as suas embalagens usadas. Acham que é madeira e só acreditam que é plástico reciclado depois de tocarem. Todo o Bosque Encantado parece madeira”, diz a tratadora.

 

Já depois das atividades desenvolvidas com o Centro Pedagógico, chega finalmente a hora do primeiro espetáculo do dia. A plateia está repleta e as crianças muito atentas às aves que desfilam ali mesmo à sua frente. “Agora veem os animais mais felizes. É muito bom existirem empresas com a Sociedade Ponto Verde a ajudarem-nos ainda mais a melhorar o espaço e as condições. O balanço deste último ano é excelente. Esta parceria foi o melhor que podia ter acontecido”, remata Clara Ferreira. 

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