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SERÁ UM CARRO OU UMA MOTA?
Será um carro ou uma mota?
2016-03-24
Será um carro ou uma mota?


Imagine que a experiência de conduzir se assemelhava à de esquiar por uma pista de neve ou patinar por entre obstáculos. É precisamente essa a sensação de conduzir o inovador veículo elétrico da Toyota i-Road, um novo conceito de mobilidade urbana 100% ecológico, que combina o potencial de automóveis e motas, em termos de condução, conforto, tamanho e impacto ambiental. Na prática, trata-se de um pequeno veículo de três rodas (duas à frente e uma atrás), ultracompacto (com um comprimento de 2,34 metros e uma largura de apenas 87 centímetros), cujo eixo dianteiro se move para cima e para baixo de forma independente e sincronizada com a condução do ocupante, selecionando automaticamente qual o melhor ângulo de inclinação nas curvas. Tudo isto graças à tecnologia Active Lean, daí que conduzir um i-Road seja muito semelhante a esquiar, garante a Toyota.

 

Além do design futurista e das cinco cores urban chic em que o modelo se apresenta, o i-Road garante zero emissões de CO2 e é um veículo elétrico e amigo do ambiente, alimentado por baterias de iões de lítio, que, quando 100% carregadas, permitem percorrer até 50 km a uma velocidade constante de 30 km/hora. As baterias fornecem energia a dois motores elétricos de 1,9 kW instalados em cada uma das rodas dianteiras. Combinando uma forte capacidade de aceleração com um funcionamento quase silencioso, o i-Road pode ser totalmente recarregado a partir de uma tomada doméstica convencional, durante apenas três horas.

 

Ideal para ambientes urbanos e com capacidade até dois passageiros, na hora de estacionar o i-Road ocupa apenas metade ou até um terço do espaço de um automóvel normal.


A ideia é que o i-Road permita a estabilidade e o conforto de um automóvel (a salvo da chuva, por exemplo), mas também a agilidade de uma scooter ou mota, a quem se desloca em ambientes urbanos e curtas distâncias. O Toyota i-Road insere-se na gama de veículos de mobilidade pessoal da marca (novos meios de transporte para as cidades do futuro) e teve a sua estreia na Europa no Paris Motor Show, no final de 2014. Apesar de não existirem ainda projeções sobre quando será produzido em larga escala e vendido ao público, o i-Road já circula por algumas estradas europeias e asiáticas.

 


Cidades mais ecológicas

 


Na cidade francesa de Grenoble, foi implementado o projecto Cité Lib by Ha:mo, com a duração de três anos, com vista a um novo tipo de mobilidade urbana baseada em veículos elétricos ultracompactos, interligado ao sistema de transportes públicos. Este serviço de partilha de automóveis visa preparar toda a cidade e a área metropolitana de Grenoble para a mobilidade elétrica e junta competências e serviços de cinco entidades parceiras: a cidade de Grenoble, a área metropolitana, a empresa francesa de eletricidade EDF e a sua afiliada Sodetrel, a Toyota e a Cité Lib, o operador local de partilha de automóvel.


No âmbito do projeto, estão disponíveis para pequenas deslocações urbanas 35 Toyota i-Road e 35 Toyota Auto Body COMS (de quatro rodas). Além disso, 120 pontos de recarga elétricos e outros 41 para veículos híbridos plug-in foram acrescentados à infraestrutura de transportes da cidade. Para ter acesso aos veículos, os habitantes de Grenoble têm um plano de custos por tempo de deslocação denominado 3, 2, 1 Euros – para, respetivamente, a primeira, segunda e terceira parcela de 15 minutos de utilização.

 

O objetivo é contribuir para uma substancial redução de emissões de CO2, melhorar a qualidade do ar e reduzir o tráfego urbano. Mas não é só na Europa que o i-Road está a ser testado em contexto real nas grandes cidades mundiais. Em Tóquio já foi também lançado o Projeto Open Road, que terá a duração de um ano, para incentivar o uso deste veículo ecológico nas ruas da capital japonesa. Para isso, a Toyota vai disponibilizar 10 i-Road a um total de 100 participantes no projeto – entre especialistas, figuras públicas e outras entidades de referência no setor automóvel –, que irão testar o veículo e enviar os seus comentários para que a Toyota possa começar a ponderar a viabilidade de produção em série e venda ao público deste meio de transporte, no mínimo, original.
 

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