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BOA ENERGIA
Boa Energia
2015-06-18
Boa Energia

É um interruptor quase automático. Quando uma boa ideia surge, é mais do que certo garantirmos que se fez luz. No caso de Nuno Brito Jorge, Miguel Aroso, Ricardo Iglésias e Carmen Estevez, a luz também se fez e com particular eficiência… energética. Tavira foi o cenário eleito pelos quatro amigos para ligarem a Boa Energia à corrente, uma ideia de negócio que da luz – solar – faz poupança na fatura energética dos lares e clientes empresariais portugueses.

 

Corria o ano de 2012 quando à fonte das economias comuns os amigos entretanto tornados sócios foram buscar os 20 mil euros que lhes permitiram construir a primeira central fotovoltaica da recém-criada empresa, numa unidade de turismo rural. Tirando proveito do sol, a partir de um modelo de negócio que depressa se replicou em mais duas centrais, em Lisboa, o propósito era gerar energia, gerando valor. “Quisemos criar uma empresa em alternativa a uma aplicação bancária”, explica Nuno Brito Jorge.

 

A quem investia na empresa era garantido retorno – um juro variável, consoante o montante investido –, mas não tardou até que o “paradigma e a mensagem” mudassem. O que não mudou foi a perspetiva de ganhar com a Boa Energia, garante Nuno Brito Jorge. “Quisemos mostrar às pessoas que era possível investirem nas suas casas em equipamentos que geram poupança.”

 

Além de “bom”, segundo os seus promotores, o novo conceito da Boa Energia é simples: através de kits fotovoltaicos vendidos online e adaptados aos diferentes perfis de consumo, os clientes podem construir os seus próprios sistemas, ao jeito “faça você mesmo”. Para tal basta dispor de um espaço, orientado a sul, com exposição solar e sem sombra, como uma varanda, um terraço, um jardim ou um telhado. Depois, é só ligar o painel fotovoltaico escolhido – a Boa Energia comercializa vários, com preços a partir de 400 euros – a qualquer tomada e ver a fatura da eletricidade começar a descer. O limite é o céu – e o sol que lá desponta, adianta Nuno Brito Jorge. “Criámos um novo serviço para o qual, na prática, não há limite. Quantos mais kits, mais eletricidade é produzida.”

 

Oferecendo soluções que entram diretamente nas casas dos clientes, os rostos da Boa Energia estão também mais perto graças ao serviço de consultoria prestado, que aconselha a compra ou substituição dos equipamentos fotovoltaicos. “Ao analisarmos as faturas de eletricidade dos nossos clientes, conseguimos dizer qual o kit ideal, fazemos um estudo dos consumos da pessoa ou da empresa e vemos qual o potencial de redução de gastos”, adianta Nuno Brito Jorge.

 

Eficiência de todos para todos

 

A partir de maio deste ano, a produção da Boa Energia, além das fontes habituais, vai canalizar a energia dos cidadãos. Esse é o conceito da Citizenergy, a primeira plataforma para investimentos transnacionais em energias renováveis com a vertente de crowdfunding. Luminosa, como a primeira, a mais recente ideia da Boa Energia nasceu da sombra. “Queríamos investir num projeto de engenharia solar e não pudemos por falta de enquadramento legal. Percebemos que se tratava de um problema do nosso país, mas que poderia ser também de toda a Europa”, recorda Nuno Brito Jorge. Com representação em Portugal, Espanha, Alemanha e Inglaterra (a sede deste projeto), esta plataforma para investimento em energias renováveis assegura o retorno financeiro que noutras plataformas de crowdfunding não é permitido – por cá, pelo menos. Porque, com a Boa Energia, no poupar é que está mesmo o ganho.

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