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PAPEL DE VANGUARDA
Papel de vanguarda
2010-08-01
Papel de vanguarda

A empresa que mudou a forma como olhamos os rolos de papel higiénico também dá cartas na preservação do ambiente. 
Arrojada e inventiva, a Renova é um exemplo de responsabilidade ecológica.

 

A marca Renova confunde-se com o lugar Renova, em Torres Novas. Relação estreita entre negócio e meio envolvente que remonta à criação da empresa. Os fundadores da Renova construíram a unidade industrial junto à nascente do rio Almonda, decisão com dupla finalidade aponta Luís Saramago, director de marketing: obter matéria-prima para o fabrico de papel e produzir energia, da marca. “Sempre com grande respeito pelo rio”, acrescenta.

Não admira, por isso, que a empresa aposte desde cedo em estratégias ambientais, dos métodos de trabalho aos investimentos fabris. Se, de início, a principal preocupação era minimizar o impacto da produção nas águas fluviais, mais tarde estendeu-se ao controlo das emissões gasosas e consumos energéticos das duas fábricas. Hoje é valorizada a “produção de papel a partir de reciclagem e o investimento em sistemas avançados de cogeração como forma de optimização do consumo energético”, explica Luís Saramago.

Os produtos Renova são compostos por fibra de celulose obtida através de pasta virgem e de papel velho. Há duas décadas que a empresa aposta na reciclagem de papel. Ao mesmo tempo que melhora a qualidade da pasta obtida, fomenta a utilização de papéis velhos considerados inferiores. Resultado? O peso da pasta virgem como matéria-prima da Renova é diminuto – 22% e 35% em cada uma das fábricas. Só em 2008 a empresa produziu mais de 35 mil toneladas de pasta reciclada, um recorde com impacto positivo no ambiente. “Globalmente, 50% do papel fabricado na Renova é conseguido a partir de pasta de papel reciclado, produzida unicamente nas nossas unidades fabris, com papel que já gozou outra vida em escritórios, escolas ou casas, recolhido selectivamente na imensa floresta urbana”, explica Luís Saramago. Porque a utilização de matéria-prima que de outra forma seria lixo preserva a floresta biológica.

 

Capítulo verde

 

Na senda de novos produtos e melhores soluções, a marca de Torres Novas lançou em 2007 a gama RenovaGreen – lenços de papel, guardanapos, rolos de cozinha, papel higiénico e papel de escritório feitos exclusivamente de papel 100% reciclado. O processo de transformação decorre nas unidades fabris da empresa e o papel velho é recolhido num raio de 400 quilómetros, reduzindo a pegada ecológica do material. Os cuidados verdes estendem-se ainda às embalagens, também usadas como veículo de comunicação com os consumidores. É nos rótulos que se explica as vantagens de reciclar papel, entre outros comportamentos amigos do ambiente.

A criação RenovaGreen não passou despercebida e graças a ela a empresa de Torres Novas tornou-se na primeira da Península Ibérica na área tissue a receber o rótulo ecológico da União Europeia. “A importância desta distinção ultrapassa o reconhecimento da capacidade inovadora e das boas práticas ambientais da marca, passando uma mensagem inequívoca ao consumidor – os produtos com esta etiqueta cumprem um conjunto de critérios ambientais muito rigorosos”, sublinha Luís Saramago. Utilização de energia, produção e tratamento de resíduos, e descargas de substâncias poluentes no meio aquático são alguns dos parâmetros avaliados. Um selo de sustentabilidade que ajuda o consumidor a tomar opções ecológicas. “A escolha de produtos de consumo eco-desenhados começa a ser natural e estes produtos são cada vez mais valorizados”, considera o responsável de marketing.

Apesar da gama RenovaGreen inaugurar novo capítulo na prática ambiental da empresa, todos os artigos respeitam os mesmos princípios de sustentabilidade. “O sistema de gestão ambiental é política basilar da organização e não se aplica em exclusivo a um segmento. Produtos obtidos com recurso a tintas ou corantes obrigam a cuidados específicos, mas o processo de fabrico cumpre as mesmas regras e condutas”, garante Luís Saramago. O Sistema de Gestão Ambiental da Renova está de acordo com a ISO 14001 e o Eco-Management and Audit Scheme (EMAS), auditado regularmente por entidades externas à empresa.

 

Inovação e irreverência

 

Os preceitos ecológicos estendem-se a outras vertentes da empresa: cada uma das duas unidades de produção Renova dispõem de estações de tratamento de águas residuais independentes e parte dos efluentes aí tratados é reutilizada no processo de fabrico, diminuindo o consumo de água fresca. “Todos os sistemas de produção de papel incluem tecnologias de depuração e recirculação de água”, explica Luís Saramago. Também as lamas geradas pelo tratamento dos efluentes são utilizadas como fertilizante na agricultura. Recentemente a empresa investiu numa central de trigeração que permite a produção combinada de energia eléctrica e térmica para melhor aproveitamento da energia. Apostas que são para continuar – a eco-política da Renova veio para ficar. Como? “Apertando critérios e definindo metas mais exigentes”, traça Luís Saramago. E, claro, “mantendo o ritmo de inovação e lançamento de novos produtos ambientalmente responsáveis”, afirma o director de marketing da empresa que surpreendeu o mundo com rolos de papel higiénico de diferentes cores.

Arrojo e criatividade q.b. fazem desta empresa portuguesa, com facturação anual de 130 milhões de euros, um exemplo dentro e fora do país, autêntica ditadora de tendências. Com o slogan “Para um novo bem-estar”, a Renova transforma artigos corriqueiros como guardanapos ou lenços de papel, em produtos design, com cores e pormenores de bom gosto. E responsabilidade ambiental.

 

 

Compromisso eco

 

Em Junho de 1993 a Renova tornou pública a sua política eco, assumindo vontade de participar na protecção do ambiente. Os esforços e actividades da empresa procuram:

 

- proteger o sistema ecológico e usar os recursos naturais e a energia de forma cuidadosa;

 

- promover novos desenvolvimentos tecnológicos e aplicações que não tenham um impacto negativo no ambiente;

 

- desenvolver a consciência da protecção do ambiente em cada um dos membros da Renova;

 

- fortalecer a interacção com os cidadãos e a comunidade.  

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