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SENIORES, ACTIVOS E MUITO ÚTEIS
Seniores, activos e muito úteis
2012-04-01
Seniores, activos e muito úteis

Aos 89 anos, Pedro Martins de Lima faz-se às ondas e desfruta da sua paixão: o surf. Também pratica canoagem, mergulho e windsurf e, no Inverno, ainda faz no ski. E trabalha em part-time como relações públicas de uma conhecida marca de produtos de surf. Será a excepção?

 

Há 2 milhões de pessoas com mais de 65 anos em Portugal, mais 19% do que na última década. A esperança média de vida, hoje perto dos 80 anos, deverá chegar aos 90 anos no final do século. “O aumento da duração de vida tem repercussões tremendas e fantásticas. As pessoas têm melhores condições de saúde, estão mais instruídas para serem mais auto-suficientes e desenvolverem projectos”, considera o demógrafo Mário Leston Bandeira, professor catedrático do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), e investigador do Instituto do Envelhecimento da Universidade de Lisboa.

 

Segundo o Eurobarómetro, em 2010 Portugal era o país europeu com maior percentagem de idosos (+ de 65 anos) profissionalmente activos, 16,5%, à frente da Roménia e do Chipre.

 

Aos 65 anos a reforma é mais do que merecida, mas a taxa de desemprego na faixa etária entre os 55 anos e os 64 anos foi de 51,7% em 2010, segundo a Pordata – Base de Dados de Portugal Contemporâneo. Além disso, Portugal é o décimo país da União Europeia com maior percentagem de idosos que vivem sozinhos e abaixo do limiar da pobreza. Daí que um dos objectivos do Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações 2012 seja “sensibilizar, informar e formar a opinião pública e os actores relevantes da sociedade portuguesa para as questões do envelhecimento activo, como forma de se envelhecer com qualidade, saúde, segurança e com participação na sociedade”, explicou Joaquina Madeira, coordenadora nacional da iniciativa, à agência Lusa.

 

Para tal, existe um programa de actividades estruturado em cinco grandes áreas: emprego, trabalho e aprendizagem ao longo da vida; saúde, bem-estar e condições de vida; solidariedade e diálogo inter-geracional; voluntariado e participação cívica; conhecimento e sensibilização social. Boas práticas que importa disseminar, para que os idosos tenham papel mais activo na sociedade.

 

Fotos: Filipe Pombo e Luís Paixão/AFFP

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