A obra venceu o “Prémio Especial SPV – Melhor obra original na área do ambiente” no Green Project Awards 2012. O prémio resultou de uma parceria entre a Sociedade Ponto Verde e a editora Principia.

O papel dos museus enquanto educadores para os valores, e mais concretamente a sua importância no que toca aos valores ambientais e à cidadania, é um dos temas explorados na obra “Bem Público – Valor Público. A Educação para os valores ambientais no Museu da Água da EPAL”, de Margarida Ramos. O livro será colocado à venda no próximo dia 21 de fevereiro.

Esta investigação foi a vencedora do prémio lançado pela Sociedade Ponto Verde em conjunto com a editora Princípia, na 5ª edição do Green Project Awards, em 2012, com o objetivo de premiar a melhor obra original na área do ambiente.

O prémio destinou-se à publicação de ensaios académicos nas vertentes de Educação Ambiental e de Investigação Aplicada.  «Ao lançar este prémio, a Sociedade Ponto Verde pretendeu mais uma vez promover a causa ambiental dando o seu contributo para incentivar a publicação de trabalhos na área do ambiente que, de outra forma, poderiam não vir a ser publicados, apesar da sua importância», salienta Luís Veiga Martins, Diretor Geral da Sociedade Ponto Verde.

«Partindo do trabalho realizado pelo Serviço Pedagógico Águas Livres em prol da educação e da sua atuação junto da comunidade escolar, esta dissertação visou refletir sobre o papel dos museus enquanto educadores para os valores ambientais e de cidadania. Quero agradecer o prémio atribuído, que espero que possa contribuir para um conhecimento mais alargado sobre esta temática», sublinha Margarida Ramos.

A autora partiu do estudo de caso do Museu da Água da Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL), a partir da análise da sua dinâmica com as escolas.

Margarida Ramos apresenta, na primeira parte do trabalho, uma reflexão sobre a necessidade da educação para os valores do ponto de vista formal e dos principais métodos utilizados para o seu ensino, fazendo o paralelismo com as principais teorias da aprendizagem nos museus e de qual será o papel das instituições culturais no plano da educação não formal.

A segunda parte da obra incide sobre o estudo de caso do Museu da Água da EPAL e do seu relacionamento com o público escolar. A análise aos trabalhos efetuados pelas crianças do 1º e do 2º ciclo revela algumas preocupações ambientais relativamente à poluição e ao uso eficiente da água, apresentando respetivamente as atitudes ambientais: biocêntrica (água como um bem essencial à vida) e antropocêntrica (perspetiva utilitária para o Homem).